2015/05/18

Voltando...

Passei muito tempo sem atualizar meu blog. Aquelas fases de turbulência que ninguém merece. Foi uma fase difícil que agora estou colhendo frutos. Amadurecimento pessoal e profissional são uns dos frutos que ando colhendo. Neste tempo resolvi fazer outra pós graduação em Arteterapia, já trabalho na área e porque não ganhar experiência? Estou voltando, compartilhando com vocês as minhas experiências e quero retorno, gente!!!! Um grande abraço.

PS: Uma reportagem para vocês verem sobre o trabalho que realizo com arteterapia, no CEIR

https://www.youtube.com/watch?v=4_Cc-hh6-aA

Fonte: Zan Viana

2011/12/01

Lero lero da madrugada ( Na esperança de um dia voltar)

Eu de novo nesta madrugada... Tenho certeza que até de manhã vai sair alguma coisa. Idéias eu tenho, mas para tornarem reais, é dose! Mas vamos tentando... Uma hora acerto a danada! Horas que tento escrever um texto, produzir um slide, escolher qual dobradura para minha aula de especialização no sábado. E eu aqui escrevendo o que se passa nesta cabecinha oca! Tanta coisa ao mesmo tempo! Mas blog serve também para isso, não é?! Faz tempo que não publico nada sobre arteterapia, moda e origami. Só no ctrl v e no ctrl c. Isso não é legal! Foge da proposta. Cadê a originalidade? Saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou...

2011/11/26

Qual a sua cor?

A minha cor é a sua. E você?

Valdenia Carvalho
Servidora Pública do Estado e Município
Formada em Artes/Música - UFPI
Especializanda em Educ., Cultura e Diversidade da UFPI .
Especializanda em Música pela FTDR/Fortaleza .

Você sabe dizer, sem pensar muito, qual a sua cor? Possivelmente algumas pessoas poderão responder de imediato, as brancas com certeza sabem sua cor, já as de pele “escura” ficam na dúvida.
Será que essas pessoas não sabem mesmo qual a sua cor, ou estão camuflando uma verdade? É possível que sim. Mas na verdade elas não sabem mesmo, pois desde sua infância, lhe dizem que é morena cor de chocolate, marrom bombom, etc... menos que ela é da raça negra e tem pele negra.
Isso nos remete ao velho fardo que se assumir negro (a) é assumirmos uma condição de inferioridade, de pobreza, de marginalidade, de tudo quanto é ruim. Quem é que quer isso para si?
A nossa própria diversidade de cores de pele também contribui para essa dúvida, temos vários tons de pele, por conta das misturas e do branqueamento de nossa raça.  E isso, realmente, impede essa consciência.
O que importa é que se tenha uma consciência de que quanto mais pessoas se declararem negras, com a devida coerência, em nosso país muitos recursos seriam direcionados a projetos e programas sociais relativos à população negra, que por sua vez, na maioria pobre.

2011/11/18

Diversas atividades marcam o Mês da Consciência Negra

http://www.cidadeverde.com/diversidade/diversidade_txt.php?id=38188


Para celebrar o Mês da Consciência Negra, o movimento negro organizado de Teresina em parceria com a Fundação Cultural do Piauí/FUNDAC  estarão   promovendo até o fim de novembro atividades como oficinas,  debates e  apresentações culturais  com a finalidade de promover e valorizar a cultura afro-brasileira bem como cobrar politicas públicas para a população negra.

O show-protesto que acontece nesta sexta-feira (18/11), às 18h,  na praça Pedro II também integra as ações do Mês da Consciência Negra. Recitação de poesia e performance de grupos de dança e música estão no cardápio da manifestação de hoje

Conto de Verão nº 2 Bandeira Branca

Essa é a minha crônica preferida. Dedicado ao antigo amor que só via uma vez ao ano, nas festas de chão batido... Será que ainda o vejo?
Ele: tirolês. Ela: odalisca; Eram de culturas muito diferentes, não podia dar certo. Mas tinham só quatro anos e se entenderam. No mundo dos quatro anos todos se entendem, de um jeito ou de outro. Em vez de dançarem, pularem e entrarem no cordão, resistiram a todos os apelos desesperados das mães e ficaram sentados no chão, fazendo um montinho de confete, serpentina e poeira, até serem arrastados para casa, sob ameaças de jamais serem levados a outro baile de Carnaval.
Encontraram-se de novo no baile infantil do clube, no ano seguinte. Ele com o mesmo tirolês, agora apertado nos fundilhos, ela de egípcia. Tentaram recomeçar o montinho, mas dessa vez as mães reagiram e os dois foram obrigados a dançar, pular e entrar no cordão, sob ameaça de levarem uns tapas. Passaram o tempo todo de mãos dadas.Só no terceiro Carnaval se falaram.- Como é teu nome?
- Janice. E o teu?
- Píndaro.
- O quê?!
- Píndaro.
- Que nome!
Ele de legionário romano, ela de índia americana.
Só no sétimo baile (pirata, chinesa) desvendaram o mistério de só se encontrarem no Carnaval e nunca se encontrarem no clube, no resto do ano. Ela morava no interior, vinha visitar uma tia no Carnaval, a tia é que era sócia.
- Ah.
Foi o ano em que ele preferiu ficar com a sua turma tentando encher a boca das meninas de confete, e ela ficou na mesa, brigando com a mãe, se recusando a brincar, o queixo enterrado na gola alta do vestido de imperadora. Mas quase no fim do baile, na hora do Bandeira Branca, ele veio e a puxou pelo braço, e os dois foram para o meio do salão, abraçados. E, quando se despediram, ela o beijou na face, disse -Até o Carnaval que vem- e saiu correndo.
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No baile do ano em que fizeram 13 anos, pela primeira vez as fantasias dos dois combinaram. Toureiro e bailarina espanhola. Formavam um casal! Beijaram-se muito, quando as mães não estavam olhando. Até na boca. Na hora da despedida, ele pediu:
- Me dá alguma coisa.
- O quê?
- Qualquer coisa.
- O leque. O leque da bailarina.
Ela diria para a mãe que o tinha perdido no salão.
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No ano seguinte, ela não apareceu no baile. Ele ficou o tempo todo à procura, um havaiano desconsolado. Não sabia nem como perguntar por ela. Não conhecia a tal tia. Passara um ano inteiro pensando nela, às vezes tirando o leque do seu esconderijo para cheirá-lo, antegozando o momento de encontrá-la outra vez no baile. E ela não apareceu. Marcelão, o mau elemento da sua turma, tinha levado gim para misturar com o guaraná. Ele bebeu demais. Teve que ser carregado para casa. Acordou na sua cama sem lençol, que estava sendo lavado. O que acontecera?
- Você vomitou a alma – disse a mãe.
Era exatamente como se sentia. Como alguém que vomitara a alma e nunca a teria de volta. Nunca. Nem o leque tinha mais o cheiro dela.
Mas, no ano seguinte, ele foi ao baile dos adultos no clube – e lá estava ela! Quinze anos. Uma moça. Peitos, tudo. Uma fantasia indefinida.
- Sei lá. Bávara tropical – disse ela, rindo.
Estava diferente. Não era só o corpo. Menos tímida, o riso mais alto. Contou que faltara no ano anterior porque a avó morrera, logo no Carnaval.
- E aquela bailarina espanhola? – Nem me fala. E o toureiro? – Aposentado.
A fantasia dele era de nada. Camisa florida, bermuda, finalmente um brasileiro. Ela estava com um grupo. Primos, amigos dos primos. Todos vagamente bávaros. Quando ela o apresentou ao grupo, alguém disse -Píndaro?!- e todos caíram na risada. Ele viu que ela estava rindo também. Deu uma desculpa e afastou-se. Foi procurar o Marcelão. O Marcelão anunciara que levaria várias garrafas presas nas pernas, escondidas sob as calças da fantasia de sultão. O Marcelão tinha o que ele precisava para encher o buraco deixado pela alma. Quinze anos, pensou ele, e já estou perdendo todas as ilusões da vida, começando pelo Carnaval. Não devo chegar aos 30, pelo menos não inteiro. Passou todo o baile encostado numa coluna adornada, bebendo o guaraná clandestino do Marcelão, vendo ela passar abraçada com uma sucessão de primos e amigos de primos, principalmente um halterofilista, certamente burro, talvez até criminoso, que reduzira sua fantasia a um par de calças curtas de couro. Pensou em dizer alguma coisa, mas só o que lhe ocorreu dizer foi -pelo menos o meu tirolês era autêntico- e desistiu. Mas, quando a banda começou a tocar Bandeira Branca e ele se dirigiu para a saída, tonto e amargurado, sentiu que alguém o pegava pela mão, virou-se e era ela. Era ela, meu Deus, puxando-o para o salão. Ela enlaçando-o com os dois braços para dançarem assim, ela dizendo -não vale, você cresceu mais do que eu- e encostando a cabeça no seu ombro. Ela encostando a cabeça no seu ombro.
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Encontraram-se de novo 15 anos depois. Aliás, neste Carnaval. Por acaso, num aeroporto. Ela desembarcando, a caminho do interior, para visitar a mãe. Ele embarcando para encontrar os filhos no Rio. Ela disse -quase não reconheci você sem fantasias-. Ele custou a reconhecê-la. Ela estava gorda, nunca a reconheceria, muito menos de bailarina espanhola. A última coisa que ele lhe dissera fora -preciso te dizer uma coisa-, e ela dissera -no Carnaval que vem, no Carnaval que vem- e no Carnaval seguinte ela não aparecera, ela nunca mais aparecera. Explicou que o pai tinha sido transferido para outro estado, sabe como é, Banco do Brasil, e como ela não tinha o endereço dele, como não sabia nem o sobrenome dele e, mesmo, não teria onde tomar nota na fantasia de falsa bávara-
- O que você ia me dizer, no outro Carnaval? – perguntou ela. – Esqueci – mentiu ele.
Trocaram informações. Os dois casaram, mas ele já se separou. Os filhos dele moram no Rio, com a mãe. Ela, o marido e a filha moram em Curitiba, o marido também é do Banco do Brasil- E a todas essas ele pensando: digo ou não digo que aquele foi o momento mais feliz da minha vida, Bandeira Branca, a cabeça dela no meu ombro, e que todo o resto da minha vida será apenas o resto da minha vida? E ela pensando: como é mesmo o nome dele? Péricles. Será Péricles? Ele: digo ou não digo que não cheguei mesmo inteiro aos 30, e que ainda tenho o leque? Ela: Petrarco. Pôncio. Ptolomeu.

2011/11/08

Liberalias

Liberalias

Que o amor não me encontre. Eu quero é beber nesta fonte de viagras femininos e de tortas ilusões. Eu quero teu corte profundo jorrando fogo das entranhas de gigantes. Jorra, que eu enfio, lá, no longo trajecto que perturba minha ferramenta já leitosa e encharcada de cerveja.
Envernizado, o chope da hora, cuspo na cara dos camaradas e digo o quanto o meu rock é estridente e naufragado.
Circulo seu dorso como um quadro de Matisse: dançante e colorido. Ponho em cheque seu prazer, na sua boca ainda lambuzada.
Dom Pedro....

2011/11/02

Planos para essa primavera até a próxima

E mais uma primavera passou... Cheio de comemorações! Agradeço minha família e meus amigos de longa data e que os estão chegando, por vibrarem na mesma intensidade que eu. Um tempo atrás estava lendo um livro de auto-ajuda, aqueles que prometem você desvendar o segredo, pois é, acho que vou começar a listar os meus desejos. Chega uma hora de botar em prática! Claro, que saúde, felicidade, amor, tem que ser top 1. O pedido da vez, é de concreto: tijolo e telha. Privacidade! Quero uma casa ou apto linda, maravilhosa e toda decorada por mim. Vou comprar só o essencial: máquina de lavar, geladeira, fogão e televisão. Quero uma mesa de carretel, banquinhos de carretel com estofado xadrez, um colchão jogado no chão, puffs de material reciclado, guarda-roupa suspenso, armários multi-uso tipo: sapateira e rack ou o q minha imaginação mandar. As paredes forradas com papel de parede, pintadas, desenhadas, com quadros... Tudo que tem direito! Um espaço para meu atelier para pirar  a noite, pois é de madrugada que vem as melhores idéias! E se for uma casa, um quintal gigante todo gramado e com árvores, para fazer aquele fuazim com os amigos. E também, tenho que perder o medo de dirigir para ter um carro disponível as minhas necessidades!
Fora isso, tenho que estudar, trabalhar e viajar mais! Pois eu quero viver só de artes. Sei que tenho talento e capacidade para correr atrás. Por isso tenho que me focar melhor, parar de gastar com futilidades. Será que dá para fazer isso ou tenho que sair daqui de Teresina? Minha meta é daqui um (1) ano, estar relatando o que consegui neste tempo. Ei de conseguir!!!! E vocês serão meus cúmplices nesta saga!