2011/12/01

Lero lero da madrugada ( Na esperança de um dia voltar)

Eu de novo nesta madrugada... Tenho certeza que até de manhã vai sair alguma coisa. Idéias eu tenho, mas para tornarem reais, é dose! Mas vamos tentando... Uma hora acerto a danada! Horas que tento escrever um texto, produzir um slide, escolher qual dobradura para minha aula de especialização no sábado. E eu aqui escrevendo o que se passa nesta cabecinha oca! Tanta coisa ao mesmo tempo! Mas blog serve também para isso, não é?! Faz tempo que não publico nada sobre arteterapia, moda e origami. Só no ctrl v e no ctrl c. Isso não é legal! Foge da proposta. Cadê a originalidade? Saiu para comprar cigarros e nunca mais voltou...

2011/11/26

Qual a sua cor?

A minha cor é a sua. E você?

Valdenia Carvalho
Servidora Pública do Estado e Município
Formada em Artes/Música - UFPI
Especializanda em Educ., Cultura e Diversidade da UFPI .
Especializanda em Música pela FTDR/Fortaleza .

Você sabe dizer, sem pensar muito, qual a sua cor? Possivelmente algumas pessoas poderão responder de imediato, as brancas com certeza sabem sua cor, já as de pele “escura” ficam na dúvida.
Será que essas pessoas não sabem mesmo qual a sua cor, ou estão camuflando uma verdade? É possível que sim. Mas na verdade elas não sabem mesmo, pois desde sua infância, lhe dizem que é morena cor de chocolate, marrom bombom, etc... menos que ela é da raça negra e tem pele negra.
Isso nos remete ao velho fardo que se assumir negro (a) é assumirmos uma condição de inferioridade, de pobreza, de marginalidade, de tudo quanto é ruim. Quem é que quer isso para si?
A nossa própria diversidade de cores de pele também contribui para essa dúvida, temos vários tons de pele, por conta das misturas e do branqueamento de nossa raça.  E isso, realmente, impede essa consciência.
O que importa é que se tenha uma consciência de que quanto mais pessoas se declararem negras, com a devida coerência, em nosso país muitos recursos seriam direcionados a projetos e programas sociais relativos à população negra, que por sua vez, na maioria pobre.

2011/11/18

Diversas atividades marcam o Mês da Consciência Negra

http://www.cidadeverde.com/diversidade/diversidade_txt.php?id=38188


Para celebrar o Mês da Consciência Negra, o movimento negro organizado de Teresina em parceria com a Fundação Cultural do Piauí/FUNDAC  estarão   promovendo até o fim de novembro atividades como oficinas,  debates e  apresentações culturais  com a finalidade de promover e valorizar a cultura afro-brasileira bem como cobrar politicas públicas para a população negra.

O show-protesto que acontece nesta sexta-feira (18/11), às 18h,  na praça Pedro II também integra as ações do Mês da Consciência Negra. Recitação de poesia e performance de grupos de dança e música estão no cardápio da manifestação de hoje

Conto de Verão nº 2 Bandeira Branca

Essa é a minha crônica preferida. Dedicado ao antigo amor que só via uma vez ao ano, nas festas de chão batido... Será que ainda o vejo?
Ele: tirolês. Ela: odalisca; Eram de culturas muito diferentes, não podia dar certo. Mas tinham só quatro anos e se entenderam. No mundo dos quatro anos todos se entendem, de um jeito ou de outro. Em vez de dançarem, pularem e entrarem no cordão, resistiram a todos os apelos desesperados das mães e ficaram sentados no chão, fazendo um montinho de confete, serpentina e poeira, até serem arrastados para casa, sob ameaças de jamais serem levados a outro baile de Carnaval.
Encontraram-se de novo no baile infantil do clube, no ano seguinte. Ele com o mesmo tirolês, agora apertado nos fundilhos, ela de egípcia. Tentaram recomeçar o montinho, mas dessa vez as mães reagiram e os dois foram obrigados a dançar, pular e entrar no cordão, sob ameaça de levarem uns tapas. Passaram o tempo todo de mãos dadas.Só no terceiro Carnaval se falaram.- Como é teu nome?
- Janice. E o teu?
- Píndaro.
- O quê?!
- Píndaro.
- Que nome!
Ele de legionário romano, ela de índia americana.
Só no sétimo baile (pirata, chinesa) desvendaram o mistério de só se encontrarem no Carnaval e nunca se encontrarem no clube, no resto do ano. Ela morava no interior, vinha visitar uma tia no Carnaval, a tia é que era sócia.
- Ah.
Foi o ano em que ele preferiu ficar com a sua turma tentando encher a boca das meninas de confete, e ela ficou na mesa, brigando com a mãe, se recusando a brincar, o queixo enterrado na gola alta do vestido de imperadora. Mas quase no fim do baile, na hora do Bandeira Branca, ele veio e a puxou pelo braço, e os dois foram para o meio do salão, abraçados. E, quando se despediram, ela o beijou na face, disse -Até o Carnaval que vem- e saiu correndo.
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No baile do ano em que fizeram 13 anos, pela primeira vez as fantasias dos dois combinaram. Toureiro e bailarina espanhola. Formavam um casal! Beijaram-se muito, quando as mães não estavam olhando. Até na boca. Na hora da despedida, ele pediu:
- Me dá alguma coisa.
- O quê?
- Qualquer coisa.
- O leque. O leque da bailarina.
Ela diria para a mãe que o tinha perdido no salão.
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No ano seguinte, ela não apareceu no baile. Ele ficou o tempo todo à procura, um havaiano desconsolado. Não sabia nem como perguntar por ela. Não conhecia a tal tia. Passara um ano inteiro pensando nela, às vezes tirando o leque do seu esconderijo para cheirá-lo, antegozando o momento de encontrá-la outra vez no baile. E ela não apareceu. Marcelão, o mau elemento da sua turma, tinha levado gim para misturar com o guaraná. Ele bebeu demais. Teve que ser carregado para casa. Acordou na sua cama sem lençol, que estava sendo lavado. O que acontecera?
- Você vomitou a alma – disse a mãe.
Era exatamente como se sentia. Como alguém que vomitara a alma e nunca a teria de volta. Nunca. Nem o leque tinha mais o cheiro dela.
Mas, no ano seguinte, ele foi ao baile dos adultos no clube – e lá estava ela! Quinze anos. Uma moça. Peitos, tudo. Uma fantasia indefinida.
- Sei lá. Bávara tropical – disse ela, rindo.
Estava diferente. Não era só o corpo. Menos tímida, o riso mais alto. Contou que faltara no ano anterior porque a avó morrera, logo no Carnaval.
- E aquela bailarina espanhola? – Nem me fala. E o toureiro? – Aposentado.
A fantasia dele era de nada. Camisa florida, bermuda, finalmente um brasileiro. Ela estava com um grupo. Primos, amigos dos primos. Todos vagamente bávaros. Quando ela o apresentou ao grupo, alguém disse -Píndaro?!- e todos caíram na risada. Ele viu que ela estava rindo também. Deu uma desculpa e afastou-se. Foi procurar o Marcelão. O Marcelão anunciara que levaria várias garrafas presas nas pernas, escondidas sob as calças da fantasia de sultão. O Marcelão tinha o que ele precisava para encher o buraco deixado pela alma. Quinze anos, pensou ele, e já estou perdendo todas as ilusões da vida, começando pelo Carnaval. Não devo chegar aos 30, pelo menos não inteiro. Passou todo o baile encostado numa coluna adornada, bebendo o guaraná clandestino do Marcelão, vendo ela passar abraçada com uma sucessão de primos e amigos de primos, principalmente um halterofilista, certamente burro, talvez até criminoso, que reduzira sua fantasia a um par de calças curtas de couro. Pensou em dizer alguma coisa, mas só o que lhe ocorreu dizer foi -pelo menos o meu tirolês era autêntico- e desistiu. Mas, quando a banda começou a tocar Bandeira Branca e ele se dirigiu para a saída, tonto e amargurado, sentiu que alguém o pegava pela mão, virou-se e era ela. Era ela, meu Deus, puxando-o para o salão. Ela enlaçando-o com os dois braços para dançarem assim, ela dizendo -não vale, você cresceu mais do que eu- e encostando a cabeça no seu ombro. Ela encostando a cabeça no seu ombro.
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Encontraram-se de novo 15 anos depois. Aliás, neste Carnaval. Por acaso, num aeroporto. Ela desembarcando, a caminho do interior, para visitar a mãe. Ele embarcando para encontrar os filhos no Rio. Ela disse -quase não reconheci você sem fantasias-. Ele custou a reconhecê-la. Ela estava gorda, nunca a reconheceria, muito menos de bailarina espanhola. A última coisa que ele lhe dissera fora -preciso te dizer uma coisa-, e ela dissera -no Carnaval que vem, no Carnaval que vem- e no Carnaval seguinte ela não aparecera, ela nunca mais aparecera. Explicou que o pai tinha sido transferido para outro estado, sabe como é, Banco do Brasil, e como ela não tinha o endereço dele, como não sabia nem o sobrenome dele e, mesmo, não teria onde tomar nota na fantasia de falsa bávara-
- O que você ia me dizer, no outro Carnaval? – perguntou ela. – Esqueci – mentiu ele.
Trocaram informações. Os dois casaram, mas ele já se separou. Os filhos dele moram no Rio, com a mãe. Ela, o marido e a filha moram em Curitiba, o marido também é do Banco do Brasil- E a todas essas ele pensando: digo ou não digo que aquele foi o momento mais feliz da minha vida, Bandeira Branca, a cabeça dela no meu ombro, e que todo o resto da minha vida será apenas o resto da minha vida? E ela pensando: como é mesmo o nome dele? Péricles. Será Péricles? Ele: digo ou não digo que não cheguei mesmo inteiro aos 30, e que ainda tenho o leque? Ela: Petrarco. Pôncio. Ptolomeu.

2011/11/08

Liberalias

Liberalias

Que o amor não me encontre. Eu quero é beber nesta fonte de viagras femininos e de tortas ilusões. Eu quero teu corte profundo jorrando fogo das entranhas de gigantes. Jorra, que eu enfio, lá, no longo trajecto que perturba minha ferramenta já leitosa e encharcada de cerveja.
Envernizado, o chope da hora, cuspo na cara dos camaradas e digo o quanto o meu rock é estridente e naufragado.
Circulo seu dorso como um quadro de Matisse: dançante e colorido. Ponho em cheque seu prazer, na sua boca ainda lambuzada.
Dom Pedro....

2011/11/02

Planos para essa primavera até a próxima

E mais uma primavera passou... Cheio de comemorações! Agradeço minha família e meus amigos de longa data e que os estão chegando, por vibrarem na mesma intensidade que eu. Um tempo atrás estava lendo um livro de auto-ajuda, aqueles que prometem você desvendar o segredo, pois é, acho que vou começar a listar os meus desejos. Chega uma hora de botar em prática! Claro, que saúde, felicidade, amor, tem que ser top 1. O pedido da vez, é de concreto: tijolo e telha. Privacidade! Quero uma casa ou apto linda, maravilhosa e toda decorada por mim. Vou comprar só o essencial: máquina de lavar, geladeira, fogão e televisão. Quero uma mesa de carretel, banquinhos de carretel com estofado xadrez, um colchão jogado no chão, puffs de material reciclado, guarda-roupa suspenso, armários multi-uso tipo: sapateira e rack ou o q minha imaginação mandar. As paredes forradas com papel de parede, pintadas, desenhadas, com quadros... Tudo que tem direito! Um espaço para meu atelier para pirar  a noite, pois é de madrugada que vem as melhores idéias! E se for uma casa, um quintal gigante todo gramado e com árvores, para fazer aquele fuazim com os amigos. E também, tenho que perder o medo de dirigir para ter um carro disponível as minhas necessidades!
Fora isso, tenho que estudar, trabalhar e viajar mais! Pois eu quero viver só de artes. Sei que tenho talento e capacidade para correr atrás. Por isso tenho que me focar melhor, parar de gastar com futilidades. Será que dá para fazer isso ou tenho que sair daqui de Teresina? Minha meta é daqui um (1) ano, estar relatando o que consegui neste tempo. Ei de conseguir!!!! E vocês serão meus cúmplices nesta saga!

2011/10/21

E tudo mudou...

E tudo mudou...

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss

O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone

A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confete virou MM

A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse

Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal

Ninguém mais vê...

Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service

A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão

O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD

A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email

O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street

O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também

O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bis
Polícia e ladrão virou counter strike

Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato

Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...

A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!

A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz...

... De tudo.

Inclusive de notar essas diferenças
Luis Fernando Veríssimo

2011/10/18

O que a noite teresinense, tem?

Sai para dar uma volta nesta terrinha fogosa, véspera de feriado, dia do Piauí, para ver o que acontece de novo. Para mim que moro há um tempão não vi nada de inovador. Mas para a galera que a mãe começou a deixar sair ou sai escondido encontrou a Praça P2 cada um com suas tribos curtindo um roquizinho regional bem bacana. No meu caso é que vai pesando a idade, os papos e a galera. Nunca gostei de multidão e agora que não rola mesmo. Gosto de observar as pessoas, os trajes.... e encontrar com gente que já viveu e sentiu aquela nostalgia, que não volta mais. O Clube dos Diários é meu point, não sei se falam isso ainda, mas sei que gosto de sentir a vibe. Encontro pessoas de todos os tipos. Acho que qualquer hora me convidam para ser hostess, por causa de tanta gente que conheço e também o ainda falta falar. É já tou me contradizendo, mas acontece... A medida que a conversa vai esquentando,a bebida que embriaga e lá nós vamos nós, vivendo a boêmia proviciana do que se passa por aqui. O trajeto é o mesmo: saímos dos Diários e sempre tem aquele barzinho legal, no centro, tocando um reggae, uma sinuca, umas brejas e aquela conversa, que no outro dia você peleja para lembrar o que você falou. Todo mundo em transe. Aí aquela ressaca.Se você pirou e não se arrependeu, bem. Mas se arrependeu, vê se na próxima vez usa camisinha!

2011/10/16

Poesia a base de papel

O papel é o suporte que mais me fascina para trabalhos artísticos. Acredito que seja pela variedade, gramatura e o desafio de execução. Além do origami e kirigami, admiro muitos trabalhos que envolvem o papel como obra de arte. Primeiro contato como possibilidade de usar este material em roupas conceituais foi o livro do Jum Nakao "Costura do Invisível" (inclusive foi meu professor na especialização e meu livro autografado pelo dito cujo), vi essa reportagem que achei interessantíssima, por causa da delicadeza e originalidade que resultou neste ensaio fotográfico.

Vestidos de papel

No ensaio "Paper Dresses" (publicado pela Madame magazine em março deste ano), o diretor Matthew Brodie não apenas propôs roupas totalmente feitas de papel como confeccionou as peças. 
Com algumas folhas A3 e muita paciência, Brodie e sua equipe recortaram, colaram e criaram 5 peças fantáticas. Além disso, também foi desenvolvida uma cenografia com apontador, tesoura e tinteiro gigantes que dialoga diretamente com o material utilizado no ensaio.


Equipe
Editora de produção: Natalie Manchot
Diretores de arte: Hattie Newman & Matthew Brodie
Maquiadora: Barbara Bräunlich
Cabelereiro: Keiichiro Hirano
Modelo: Hannah Hardy 

Matthew também disponibilizou em seu blog os esboços das roupas (alguns deles acima) e imagens do making of (algumas delas abaixo) e a partir dessas fotos dá para ter uma noção do trabalho que a equipe teve para fazer o ensaio.

CORAÇÃO REPLETO DE GRATIDÃO ATRAI DESTINO FELIZ E FÍSICO SAUDÁVEL.

foto: Manu Sato


Não fique lamentando-se por insignificâncias, nem se deixe vencer pelos pequenos fracassos. Se os braços não estiverem funcionando bem, agradeça pelo fato de possuir pernas em perfeitas condições. Se as pernas não estiverem funcionando bem, agradeça aos pulmões saudáveis. Se os pulmões não estiverem em perfeitas condições, agradeça à cabeça que funciona e aos olhos que enxergam. Deus Se manifesta onde há sentimento de gratidão e cura todos os males.

(Do livro de Mensagens de Amor e Sabedoria - Seicho Taniguchi, p.73)

2011/10/15

Eu, origamista

Para quem não sabe, sou origamista de mão cheia! Desde criança faço origami e com o tempo fui aperfeiçoando. Começou como um passatempo e com os anos virou uma ferramenta essencial para as minhas aulas e também uma forma de divulgar a cultura japonesa. Para os leigos, o origami, é a arte de dobrar e formar esculturas de papel. Através de uma simples folha surgem formas tridimensionais que desafiam de acordo com o grau de dificuldade. É uma arte que exige atenção, pois cada dobra é essencial para que seu origami fique perfeito. Muitos pensam que essa arte é somente para crianças, mas ela pode ser utilizada como fonte de conhecimento em várias disciplinas escolares, decoração, maquetes e outros. Atualmente faço experimentos para fins terapêuticos na reabilitação física e utilizando o tecido,como suporte, para objetos de decoração e acessório de moda. Lembrando que é excelente para coordenação motora fina, concentração e imaginação. Sempre vou ficar postando dicas, técnicas, dobras, curiosidades e futuramente espero receber encomendas, convites de oficinas e colocar meus produtos a venda. Espero também troca de idéias com interessados e origamistas de plantão.
Ávore de origami com revista

Alguns origamis realizados por alunas e por mim
Oficina realizada em uma instituição

Parabéns professores

Vamos comemorar esta data estudando. Porque conhecimento nunca fez mal a ninguém. E repassá-lo é sinal de sabedoria. Bobeira é daquele que pensa que aprendeu tudo. Tenho fome de saberes,acho que é o motivo de tanta inquietude. Não custa nada de tirar um tempo para ler e não ignore as futilidades, sempre se aprende algo.Vamos tirar essa ignorância de nós e dos outros. Dentro de nós sempre existe um professor, nem que seja da vida... Feliz dia dos professores!

2011/10/13

Recapitulando



Essas figurinhas são atendidas na Arte Reabilitação

Postei muitas reportagens antigas sobre os meus trabalhos como arte terapeuta e espero que gostem. Tentarei o possível manter este blog atualizado. Pretendo colocar outros trabalhos que realizo fora e algumas idéias que passam nesta cabecinha "avoada"....

Histórias que se cruzam


Histórias que se cruzam
14/03/2011 por Glenda Uchôa

Todas as quintas-feiras Aila Fernanda, Samara Silva, Francisca Larissa e Romário da Silva se encontram entre sorrisos, conversas, trabalhos e esforços. Eles fazem parte do grupo de arte terapia do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir).

A arte reabilitação é uma das terapias desenvolvidas no Ceir e utiliza a expressão das diversas linguagens artísticas, em atividades individuais e em grupo, visando ao desenvolvimento das potencialidades dos pacientes, que são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, oferecendo recursos clínicos para adaptação, readaptação e reabilitação da pessoa com deficiência física.

Em meio às atividades de reabilitação no Centro, muitas histórias se cruzam, como as de Samara, Romário e Francisca Larissa.

Samara conta que teve AVC hemorrágico em 2007, quando tinha treze anos. A adolescente faz tratamento no Ceir e sonha um dia poder trabalhar no Centro como recepcionista, contribuindo com o atendimento da instituição.


Samara Silva, atendida pelo setor de arte reabilitação

Também é bonita de se escutar a história de Romário, sinônimo de persistência e comprometimento. O garoto de 18 anos foi diagnosticado com paralisia cerebral aos sete meses de idade. Como consequência, a doença afetou o seu sistema locomotor e a fala. Para Romário, essas restrições nunca foram maiores que a vontade de superação.

Aos oito anos, Romário descobriu a paixão pela capoeira e desde esse período a mãe afirma que o garoto não faltou a nenhuma aula, já que é muito comprometido com o esporte. “Dentro do grupo ele que cuida da parte de comunicação. Divulga tudo na internet e é totalmente apaixonado pela capoeira”, declarou dona Vanildes, mãe do esportista.

A capoeira foi uma das maneiras que dona Vanildes encontrou para incentivar a socialização de Romário, também trabalhada dentro do grupo de arte reabilitação do Ceir.

“O Romário tem uma ótima percepção visual para cores. A cada dia ela conquista mais independência, e além das atividades desenvolvidas aqui no setor, ele ajuda a mãe dele em casa com as técnicas que aprende aqui, já que a mãe dele é artesã”, explica a terapeuta do Ceir, Emanoelle Mayumi.

Francisca Larissa, amiga de Romário e de Samara, é também beneficiada pela terapia em grupo. A garota conta que conheceu o Ceir através de uma amiga e desde então participa das sessões de psicologia, artes e desportes da instituição. “Antes de conhecer o Centro, eu me sentia muito sozinha; aqui conheci muita gente e fiz vários amigos”, comenta Larissa.


Francisca Larissana sessão de arteterapia
Em todos os depoimentos, um ponto comum: a felicidade. Ou, como diz Aila, também paciente do grupo de arte reabilitação, a união do grupo faz do Ceir um lugar especial: “Eu só melhorei aqui. Quero continuar o tratamento e melhorar ainda mais”, encerra Aila.
 
Fonte:http://www.ceir.org.br/noticias.php?id=201


Exposição de artes produzidas por pacientes comemora aniversário do Ceir
05/05/2011 por Ionara Monteiro
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Com cores, formas e criatividade, os pacientes do Ceir - Centro Integrado de Reabilitação comemoram os 3 anos da instituição, com a belíssima exposição “Arte e Acessibilidade”, composta por mais de 50 telas, produzidas pelos pacientes nas oficinas de Arterapia, que estão expostas de forma irreverente, em cadeira de rodas, andadores e demais instrumentos que lembram a dificuldade motora.
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A arte exposta em andadores
“Resolvemos expor dessa forma justamente para fazer uma analogia com o mundo deles e chamar atenção das pessoas para a questão da acessibilidade”, disse o professor de arte do Ceir Michael Amorim. 

A oficina de Arterapia ajuda pessoas com dificuldades de expressão e de comunicação e desenvolvem o ato de desenhar, pintar ou construir. De forma espontânea, emergem linhas, formas e cores que expressam sentimentos e sensações na criança/adulto. Os trabalhos são feitos tanto usando a criatividade dos alunos, como a cópia de obras já existentes.

Cerca de 80 pacientes se beneficiam das oficinas, realizadas semanalmente para cada pessoa, como é o caso da dona Francisca Vieira, aposentada, que tem dificuldade motora nas penas, mas demonstra toda habilidade com as mãos, quando o ofício é desenhar e pintar. “Para mim é maravilhoso esse momento da arterapia, eu me divirto e consigo soltar a imaginação”, afirma.

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Dona Francisca mostra muita habilidade nas pinturas
A exposição foi aberta nesta quinta-feira (05) e deverá ficar à disposição do público durante todo o mês. “Essa exposição não tem fins lucrativos, é apenas para mostrar que a arte também é acessível, mas no futuro temos o projeto de criarmos a lojinha do Ceir e comercializar esses produtos”, explica Michael.
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Cadeiras de rodas são suporte para as telas
Fonte:http://www.ceir.org.br/noticias.php?id=228

Romário define Ceir como ‘trabalho de excelência’ na reabilitação física nacional



O deputado federal e ex-craque da selação brasileira de futebol Romário de Souza, conheceu as instalações do Ceir (Centro Integrado de Reabilitação) na manhã desta segunda-feira (18). Romário definiu o trabalho realizado pela instituição como ‘excelente’.


Deputado Romário na chegada ao Centro Integrado de Reabilitação
“Eu fiz um grande gol nessa área. Há pouco tempo foi aprovado o artigo 529 que visa beneficiar a vida das pessoas com deficiência”, explica. O deputado fala da Medida Provisória 529/2011, aprovada com uma emenda sua, que beneficia pessoas com deficiência com a concessão do chamado Benefício de Prestação Continuada, destinado a idosos e pessoas incapacitadas para a vida independente.

Acompanhado pelo presidente da Associação Reabilitar, o neurocirurgião Benjamim Pessoa Vale, Romário conheceu setores como a fisioterapia infantil, fisioterapia adulto, arteterapia e a oficina ortopédica do Ceir, bem como a forma de atuação da instituição em todo o estado do Piauí.


Francisco Alencar, Benjamim Pessoa Vale, Romário e Lilían Martins
Na companhia do deputado também estavam o superintendente executivo do Ceir, Francisco Alencar, a secretária de Estado da Saúde, Lílian Martins; e o secretário estadual da pessoa com deficiência, Helder Jacobina. Romário recebeu o relatório de atividades desenvolvidas pelo Ceir no ano de 2010.


Visitando a sala de Arteterapia

Romário conhece a Oficina Ortopédica do Ceir
Uma das razões para a sua atuação ser voltada para a defesa das bandeiras de garantia dos direitos das pessoas com deficiência é de ordem pessoal, já que o ‘baixinho’, como é carinhosamente conhecido, tem uma filha, Ivy Bittencourt, de 6 anos, com Síndrome de Down.

Arteterapia, um tratamento feito pela criatividade


Confira matéria publicado no caderno de Saúde do Jornal O Dia na última sexta-feira (25).

Arteterapia, um tratamento feito pela criatividade

Expressar algum sentimento, sensação ou desejo através da produção de arte é uma atividade que o ser humano pratica desde os primórdios da humanidade. Mas a arte, entre suas inúmeras funções, também pode ser usada como tratamento terapêutico. Esse é o trabalho desenvolvido todos os dias no Centro Integrado de Reabilitação (Ceir).


Conhecida como arte-terapia, o tratamento usa elementos artísticos para estimular o paciente durante a reabilitação. Pintura, colagem, desenho, artesanato e reciclagem são alguma das atividades desenvolvidas no setor.


A arteterapeuta Emanoella Santo, explica que a terapia visa contribuir de duas formas da vida do paciente. A primeira é durante o seu tratamento de reabilitação física, usando de elementos como a pintura para potencializar funções lesadas. A segunda forma é para contribuir em sua auto-estima, facilitar a socialização e fazer com que o paciente possa descobrir suas habilidades, criatividade e talento.


Dona Maria da Cruz é um belo exemplo das contribuições da arte durante o processo de reabilitação. Ela conta que, a partir do momento em que dá o primeiro passo dentro da sala de arteterapia, é só felicidade. Dona Maria sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), doença que pode deixar seqüelas na parte motora do corpo e, no caso dela, afetou grande parte do lado esquerdo.


“A arteterapia é uma das terapias mais importantes em minha opinião. Tem dias que eu chego aqui cheia de problemas, mas, quando inicio a terapia, parece que tudo desaparece;  além de contribuir na melhora do meu desenvolvimento motor” comemora Maria.


Dona Maria da Cruz sempre lecionou e, como professora, conta que executava trabalhos voltados à arte durante o trabalho, mas se surpreendeu quando encontrou a atividade como reabilitação. Além da arteterapia ela também participa das outros atendimentos oferecidos pelo Centro como a fisioterapia, terapia ocupacional e hidroterapia.


No caso de adultos que tenham seqüelas de lesão encefálica adquirida, ou seja, por conta de algum trauma ou doença que levou a pessoa a ter alguma deficiência física, a demanda do tratamento na arte maior, como aconteceu com Maria da Cruz.


Em casa também se trata


Um dos grandes atributos do tratamento feito pela arte é porque ele pode se estender além dos muros do local ‘original’. “Aqui no Ceir nos mostramos como o paciente pode adaptar suas necessidades em casa. Ele aprende a pintar, a reciclar e a desenhar aqui, mas pode desenvolver a mesma atividade em casa, com orientação e força de vontade, tudo é possível”, explica a arte terapeuta Emanoella Sato.


Foi o que fez Regina Célia, que superou as restrições causadas pela esclerose múltipla e aplicou todos os conhecimentos adquiridos na sessão de arteterapia como forma de fonte de renda em casa. “Nunca pensei que poderia pintar e usar desses conhecimentos como uma fonte de renda. Já superei muita coisa por conta da minha doença, essa foi mais uma” finaliza Regina.
 
Fonte: http://amigosdoceir.blogspot.com/2011/06/arteterapia-um-tratamento-feito-pela.html 

Amigos do Ceir: Ceir comemora 3 anos com exposição




Matéria publicada no caderno Arte&fet do Jornal Meio Norte. Saiba sobre a comemoração dos três anos do Ceir. Repórteres: Isabel Cardoso e Juarez Oliveira

 FOTOS: JOSÉ ALVES FILHO

O Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) completou, no último dia 5 de maio, três anos de atividade. Em comemoração a essa data, os pacientes dos serviços de musicoterapia e da artereabilitação estão se apresentando e expondo os seus trabalhos no Centro.

As apresentações estavam acontecendo todas às quintas-feiras,e ontem, um show e exposição marcaram as comemorações.Um dos pacientes que se apresentaram nos corredores foi Francisco de Assis Carvalho.Ele era músico profissional e tocava vários instrumentos musicais até que sofreu um acidente, em janeiro de 2010, quando fraturou a medula. Após o acidente Assis perdeu os movimentos dos membros inferiores e sofreu redução dos movimentos dos membros superiores.
“Graças ao Ceir e a esse atendimento de primeira qualidade, estou me recuperando. Segundo os fisioterapeutas, eu poderei voltar a tocar violão novamente, pois devo recuperar a sensibilidade nas mãos”, alegra-se o músico.
O serviço de musicoterapia do Ceir funciona desde o início de suas atividades, em maio de 2008. Atualmente esse serviço atende em média 80 pacientes por semana, com diversas limitações diferentes.
A musicoterapeuta Nydia Rego explica que o tratamento é feito de acordo com a necessidade e que serve para melhorar a condição motora, emocional e também educacional dos pacientes. “O objetivo do tratamento é direcional e uma terapia completa a outra, todas funcionam em conjunto para atender as especificidades de cada paciente”, afirma.
Outros trabalhos expostos em comemoração ao aniversário do Ceir são os quadros resultantes do tratamento com arte-reabilitação.A arte-terapeuta Emanuela Sato é uma das responsáveis por esse serviço, ela informa que atualmente são atendidos250 pacientes e que as sessões em grupo duram, em média, 80 minutos.
Emanuela conta que o objetivo principal da artereabilitaçãoé trabalhar aparte motora e fazer o resgate da auto estima do paciente. A pequena Nayara Beatriz, de apenas 3 anos, é uma das atendidas pelo serviço e se mostra muito à vontade com os lápis de cera e a pintura. “A Bia é muito esperta e já está começando a utilizar lápis, logo ela vai poder escrever. Nós temos a preocupação de trabalhar os mínimos detalhes com cada paciente. “Cada caso é um desafio”, ressalta Emanuela.
O CEIR foi inaugurado em abril de 2008 e até abril deste ano já realizou 180.628atendimentos. O Centro conta atualmente com 131 profissionais que atuam nas mais diversas áreas, como arte-reabilitação, enfermagem, especialidades médicas, fisioterapia, fonoaudiologia,hidroterapia, musicoterapia,nutrição, odontologia,oficina ortopédica, pedagogia,psicologia, reabilitação desportiva, serviço social e terapia ocupacional, além de dispor de clínicas de amputados, de doenças neuromusculares,de lesão medular,de malformações congênitas,de paralisia cerebral e de poliomielite.

Fonte: http://amigosdoceir.blogspot.com/2011/05/ceir-comemora-3-anos-com-exposicao.html

2011/10/11

Amigos do Ceir: Arteterapia, um tratamento feito pela criatividade...

Amigos do Ceir: Arteterapia, um tratamento feito pela criatividade...: Confira matéria publicado no caderno de Saúde do Jornal O Dia na última sexta-feira (25). Arteterapia, um tratamento feito pela criativid...

Reabilitação pela arte no Ceir

Amigos do Ceir: Deputada Federal quer levar o modelo do Ceir para ...


A deputada federal Rosinha da Adefal (PTdoB) de Alagoas, conheceu as instalações  do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) na manhã desta quinta-feira (8). A deputada, que é cadeirante, tem grande atuação em prol da acessibilidade e da inclusão social das pessoas com deficiência e visitou o Centro com o intuito de buscar elementos para a implanção de um modelo semelhante no estado de Alagoas. Rosinha da Adefal conheceu todas as instalações do Ceir e quis saber detalhes sobre o modelo de gestão aplicado na instituição. O Ceir é gerenciado pela Associação Reabilitar, uma organização social sem fins lucrativos, o que permite maior flexibilidade na busca por um atendimento de qualidade exemplar.


Aderson Luz explica funcionamento do Ceir para a deputada Rosinha da Adefal
“O que é bom deve ser copiado. Vou tentar ao máximo implementar esse tipo de instituição lá em Alagoas, pois o Ceir em pouco tempo já comprovou que é um Centro que dá certo”, afirmou Rosinha. Ela ficou encantando com a estrutura e com a operacionalização do Ceir.

A deputada ganhou um quadro feito por pacientes do Ceir

A
A deputada alagoana compõe a presidência da Frente Parlamentar de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual faz parte o deputado federal (e ex-jogador de futebol) Romário Souza (PSB-RJ), que também já fez questão de conhecer o Ceir.


A visita foi encerrada com uma reunião técnica de discussão dos trâmites necessários para a implementação de um Centro de Reabilitação semelhante ao Ceir em Alagoas.

Acompanharam a visita a deputada estadual Rejane Dias; o Secretário Estadual para Inclusão da Pessoa com Deficiência, Helder Jacobina; Mauro Eduardo; a presidente do CONEDE-PI (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência), Helena Lima; e os Superintendentes do Ceir, Aderson Luz e Edson Arruda Filho, além do deputado federal Jesus Rodrigues.


Fonte: http://www.ceir.org.br/noticias.php?id=299

Amigos do Ceir: Confira a repercussão da visita de Romário ao Ceir...


Jornal O Dia


Jornal Meio Norte



Jornal Diário do Povo


Fonte: http://amigosdoceir.blogspot.com/2011/07/confira-repercussao-da-visita-de.html?spref=bl

Voltei

Andei pensando de assassinar esse blog, mas resolvi ativa-lo. Por que fazer isso, né? Sem lógica.... Coisa de gente doida...kkkkkkkk Ando com uma série de idéias depois de 1 ano e meio . Nesse tempo já terminei minha especialização,comecei outra, trabalho com arteterapia e faculdade, inventando e pondo em prática tudo que aprendi com as experiências que a vida me deu. Os cursos que ministro, por enquanto dei uma parada, breve voltarei.