Ávore de origami com revista |
Alguns origamis realizados por alunas e por mim |
Oficina realizada em uma instituição |
Ávore de origami com revista |
Alguns origamis realizados por alunas e por mim |
Oficina realizada em uma instituição |
Histórias que se cruzam 14/03/2011 por Glenda Uchôa |
Todas as quintas-feiras Aila Fernanda, Samara Silva, Francisca Larissa e Romário da Silva se encontram entre sorrisos, conversas, trabalhos e esforços. Eles fazem parte do grupo de arte terapia do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir). A arte reabilitação é uma das terapias desenvolvidas no Ceir e utiliza a expressão das diversas linguagens artísticas, em atividades individuais e em grupo, visando ao desenvolvimento das potencialidades dos pacientes, que são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, oferecendo recursos clínicos para adaptação, readaptação e reabilitação da pessoa com deficiência física. Em meio às atividades de reabilitação no Centro, muitas histórias se cruzam, como as de Samara, Romário e Francisca Larissa. Samara conta que teve AVC hemorrágico em 2007, quando tinha treze anos. A adolescente faz tratamento no Ceir e sonha um dia poder trabalhar no Centro como recepcionista, contribuindo com o atendimento da instituição. Samara Silva, atendida pelo setor de arte reabilitação Também é bonita de se escutar a história de Romário, sinônimo de persistência e comprometimento. O garoto de 18 anos foi diagnosticado com paralisia cerebral aos sete meses de idade. Como consequência, a doença afetou o seu sistema locomotor e a fala. Para Romário, essas restrições nunca foram maiores que a vontade de superação. Aos oito anos, Romário descobriu a paixão pela capoeira e desde esse período a mãe afirma que o garoto não faltou a nenhuma aula, já que é muito comprometido com o esporte. “Dentro do grupo ele que cuida da parte de comunicação. Divulga tudo na internet e é totalmente apaixonado pela capoeira”, declarou dona Vanildes, mãe do esportista. A capoeira foi uma das maneiras que dona Vanildes encontrou para incentivar a socialização de Romário, também trabalhada dentro do grupo de arte reabilitação do Ceir. “O Romário tem uma ótima percepção visual para cores. A cada dia ela conquista mais independência, e além das atividades desenvolvidas aqui no setor, ele ajuda a mãe dele em casa com as técnicas que aprende aqui, já que a mãe dele é artesã”, explica a terapeuta do Ceir, Emanoelle Mayumi. Francisca Larissa, amiga de Romário e de Samara, é também beneficiada pela terapia em grupo. A garota conta que conheceu o Ceir através de uma amiga e desde então participa das sessões de psicologia, artes e desportes da instituição. “Antes de conhecer o Centro, eu me sentia muito sozinha; aqui conheci muita gente e fiz vários amigos”, comenta Larissa. Francisca Larissa, na sessão de arteterapia |
Exposição de artes produzidas por pacientes comemora aniversário do Ceir 05/05/2011 por Ionara Monteiro |
IMPRIMIR ENVIAR POR E-MAIL |
Com cores, formas e criatividade, os pacientes do Ceir - Centro Integrado de Reabilitação comemoram os 3 anos da instituição, com a belíssima exposição “Arte e Acessibilidade”, composta por mais de 50 telas, produzidas pelos pacientes nas oficinas de Arterapia, que estão expostas de forma irreverente, em cadeira de rodas, andadores e demais instrumentos que lembram a dificuldade motora. A arte exposta em andadores A oficina de Arterapia ajuda pessoas com dificuldades de expressão e de comunicação e desenvolvem o ato de desenhar, pintar ou construir. De forma espontânea, emergem linhas, formas e cores que expressam sentimentos e sensações na criança/adulto. Os trabalhos são feitos tanto usando a criatividade dos alunos, como a cópia de obras já existentes. Cerca de 80 pacientes se beneficiam das oficinas, realizadas semanalmente para cada pessoa, como é o caso da dona Francisca Vieira, aposentada, que tem dificuldade motora nas penas, mas demonstra toda habilidade com as mãos, quando o ofício é desenhar e pintar. “Para mim é maravilhoso esse momento da arterapia, eu me divirto e consigo soltar a imaginação”, afirma. Dona Francisca mostra muita habilidade nas pinturas Cadeiras de rodas são suporte para as telas |