2011/10/13

Histórias que se cruzam


Histórias que se cruzam
14/03/2011 por Glenda Uchôa

Todas as quintas-feiras Aila Fernanda, Samara Silva, Francisca Larissa e Romário da Silva se encontram entre sorrisos, conversas, trabalhos e esforços. Eles fazem parte do grupo de arte terapia do Centro Integrado de Reabilitação (Ceir).

A arte reabilitação é uma das terapias desenvolvidas no Ceir e utiliza a expressão das diversas linguagens artísticas, em atividades individuais e em grupo, visando ao desenvolvimento das potencialidades dos pacientes, que são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, oferecendo recursos clínicos para adaptação, readaptação e reabilitação da pessoa com deficiência física.

Em meio às atividades de reabilitação no Centro, muitas histórias se cruzam, como as de Samara, Romário e Francisca Larissa.

Samara conta que teve AVC hemorrágico em 2007, quando tinha treze anos. A adolescente faz tratamento no Ceir e sonha um dia poder trabalhar no Centro como recepcionista, contribuindo com o atendimento da instituição.


Samara Silva, atendida pelo setor de arte reabilitação

Também é bonita de se escutar a história de Romário, sinônimo de persistência e comprometimento. O garoto de 18 anos foi diagnosticado com paralisia cerebral aos sete meses de idade. Como consequência, a doença afetou o seu sistema locomotor e a fala. Para Romário, essas restrições nunca foram maiores que a vontade de superação.

Aos oito anos, Romário descobriu a paixão pela capoeira e desde esse período a mãe afirma que o garoto não faltou a nenhuma aula, já que é muito comprometido com o esporte. “Dentro do grupo ele que cuida da parte de comunicação. Divulga tudo na internet e é totalmente apaixonado pela capoeira”, declarou dona Vanildes, mãe do esportista.

A capoeira foi uma das maneiras que dona Vanildes encontrou para incentivar a socialização de Romário, também trabalhada dentro do grupo de arte reabilitação do Ceir.

“O Romário tem uma ótima percepção visual para cores. A cada dia ela conquista mais independência, e além das atividades desenvolvidas aqui no setor, ele ajuda a mãe dele em casa com as técnicas que aprende aqui, já que a mãe dele é artesã”, explica a terapeuta do Ceir, Emanoelle Mayumi.

Francisca Larissa, amiga de Romário e de Samara, é também beneficiada pela terapia em grupo. A garota conta que conheceu o Ceir através de uma amiga e desde então participa das sessões de psicologia, artes e desportes da instituição. “Antes de conhecer o Centro, eu me sentia muito sozinha; aqui conheci muita gente e fiz vários amigos”, comenta Larissa.


Francisca Larissana sessão de arteterapia
Em todos os depoimentos, um ponto comum: a felicidade. Ou, como diz Aila, também paciente do grupo de arte reabilitação, a união do grupo faz do Ceir um lugar especial: “Eu só melhorei aqui. Quero continuar o tratamento e melhorar ainda mais”, encerra Aila.
 
Fonte:http://www.ceir.org.br/noticias.php?id=201

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